segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Síndrome do X Frágil






O que é?
A síndrome do X frágil é a causa herdada mais comum de atraso mental e é também a causa conhecida mais comum do autismo.




Causas e genética
É uma doença genética causada pela mutação do gene FMR1 no cromossoma X. Normalmente o gene FMR1 contém entre 6 e 53 repetições do codão CGG (repetições de trinucleótidos). Em pessoas com a síndrome do X frágil, o alelo FMR1 tem mais de 230 repetições deste codão. Uma expansão desta magnitude resulta na metilação dessa porção do DNA, silenciando eficazmente a expressão da proteína FMR1. Isto resulta numa constrição e fragilidade do cromossoma X nesse ponto, um fenómeno que deu o nome à síndrome.

Incidência
Esta mutação é encontrada em 1 de cada 2000 homens e 1 em cada 4000 mulheres, uma vez que os homens só têm uma cópia do cromossoma X, aqueles que têm uma expansão significativa de um trinucleótido são sintomáticos, enquanto que as mulheres, tendo herdado dois cromossomas X, duplicam as hipóteses de ter um alelo funcional. As mulheres portadoras de um cromossoma X com um gene FMR1 expandido podem ter alguns sinais e sintomas da doença, ou serem completamente normais.

Características
Para além do atraso mental, outras características proeminentes da síndrome incluem uma face alongada, orelhas grandes ou salientes, testículos de grandes dimensões (macroorquidia), e baixa tonicidade muscular. Comportamentalmente, podem observar-se movimentos estereotipados e desenvolvimento social atípico, particularmente timidez e contacto ocular limitado. Alguns indivíduos podem apresentar convulsões ao longo do desenvolvimento.

Tratamento
Não havendo no momento, cura para esta síndrome, há esperança que um maior compreendimento do gene FMR1 possa fornecer informações para limitar a causa genética. Hoje em dia a síndrome pode ser tratada com terapia comportamental, educação especial, e quando necessário, tratamento das anomalias físicas. As pessoas com história familiar de síndrome do X frágil devem procurar aconselhamento genético para determinar a probabilidade de vir a ter filhos afectados, para além da gravidade das limitações que podem afectar os descendentes.

Diagnóstico
A principal forma de diagnóstico é através do exame sanguíneo de análise molecular para a síndrome do X frágil, que tem substituído a análise do marcador citogenético, pois pode apresentar falso positivo e falso negativo.

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